26 setembro 2007

Até por uma questão de sobrevivência, não tem como não pensar na parte financeira das coisas, quer seja no mundo empresarial, que como todos sabem só sobrevive com o lucro mesmo, ou nas instituições do Terceiro Setor que apesar de não trabalharem com o lucro com o mesmo conceito dos outros setores, igualmente precisam das finanças bem organizadas para sobrevivência. E assim o mundo gira e o dinheiro rola (infelizmente somado ainda com muita corrupção que acaba por piorar a situação de todos nós).

No entanto, não dá pra ficar o tempo todo escravo de tudo isso, muitas vezes perdemos boas oportunidades de diversão, por sempre achar que é “muito gasto” sem usar um pouco da nossa criatividade pra pensar em coisas boas que não necessariamente são um estouro no orçamento (como um ótimo passeio no parque com os amigos pra ver o por do sol e as “fontes dançantes” que não custam mais que a passagem de ônibus). E isso é fato comprovado! Claro que não dá mesmo pra fazer tudo, mas não é esse normalmente o problema das pessoas que sempre reclamam que não dá nunca pra fazer nada na vida, ou sair e se divertir.

Voltando a parte social, é muito triste ver projetos bons passando por interrupções por falta de apoio, parece uma falha nas avaliações onde não temos ainda uma visão dos benefícios quando estão presentes os resultados qualitativos, só pensamos através de números e eles são mesmo importantes, mas na maioria das vezes para uma conclusão eficaz, eles não são o bastante.

E a mesma lógica está aí na nossa vida, e não tem como não comentar sobre pequenos detalhes que também são importantes, como um abraço, um telefonema, ou um presente sem interesse, que não tem o custo baseado nas cifras pagas, mas no sentimento de lembrança, amizade ou saudade das pessoas que gostamos. As pequenas coisas devem fazer mesmo a diferença e são complementares a tantas coisas que buscamos e vamos conseguindo ou perdendo através de nossas próprias atitudes.


Só como um cantor
Vejo a noite cair
Debaixo dos meus pés
Como um edifício cai
E eu quisera ter
A música do mar
As frutas do pomar
Antes da chuva vir


No out-door luminoso
A vida a mentir
Nenhuma estrela mais perto dos olhos
Ninguém
Ecos de um rádio antigo
Eu penso ouvir
Um cigarro um segredo e nada além
.
Quanto mais ando mais perco
Teu rastro armadilha na estrada sem fim
Choro em silêncio a dor
Sofro mas nem a lua tem pena de mim
Sei mais caminhos que os meus sapatos
Na escuridão esperava por ti
Mas ontem rasguei teu retrato
Te matei e dormi


Serenata sem Estrelas
Composição: Zeca Baleiro / Fagner
Foto: Pôr do Sol no Ibirapuera/ SP (by Mar)