16 maio 2010

É loucura acreditar que podemos ter uma cidade melhor e principalmente menos violenta? Às vezes parece que sim, mas não se entregar é também uma opção.
A sensação de insegurança é um fato em Recife e em tantas cidades: ao parar no sinal nos sentimos ameaçados, ao esperar um ônibus temos muitos minutos de tensão principalmente se vemos a aproximação de uma moto ou até mesmo as bicicletas e andar na rua independente de estar perto ou longe de casa carrega um perigo real. Assaltos e mais crimes absurdos temos disponíveis em notícias diárias e nem podemos dizer que os "ricos e poderosos" não são atacados e por isso não se importam porque do jeito que estamos seguranças, câmeras, carros blindados e outros artefatos não estão protegendo o suficiente, talvez se criassem uma bolha invisível impenetrável e vivessemos um filme numa nova realidade aí teríamos um argumento diferente.
Cada pessoa tem seus próprios problemas, traumas, educação e um tipo de instinto e não há como fazer uma linha de formação exata daqueles que cometerão crimes e ameaçarão nossas vidas diariamente, pois muitos casos não tem mesmo explicação, mas também é fato que a pobreza extrema, a falta de oportunidades de trabalho e uma escola não inclusiva ajudam bastante a compor essa formação de marginalidade e esses fatores por exemplo ainda podem ser modificados ao longo do tempo.
Já estamos no caos mesmo, mas se países podem ser reconstruídos, se temos exemplos de cidades melhores mesmo no Brasil porque não tratar isso como prioridade? E no fundo sabemos que não é só uma questão política e vale uma reflexão sobre o tema.